terça-feira, 16 de junho de 2009

Pandêmia de que mesmo?

A semana foi, novamente, um nocaute para José Sarney. Desta vez foi localizado um neto dele, contratado ilegalmente no Senado. O gajo foi imediatamente afastado. Com um detalhe nefasto: por um ato secreto, para que sociedade não fosse informada. E, como se a palhaçada não estivesse suficiente, no lugar do neto, foi contratada a mãe do mesmo!

Entenda a tramóia: Dona Rosângela Terezinha Gonçalves, casada com um filho de Sarney, foi contratada depois que João Fernando Sarney, seu filho, foi exonerado. O pai de João é Fernando Sarney, filho do presidente do Senado.

Enquanto isso, como foi a semana de Sarney? Almoçou com Boni, ex-todo-poderoso da Globo, no Gero, restaurante dos Jardins em São Paulo, quando degustaram um Chateau Petrus, vinho que vale por baixo a bagatela U$ 5 mil a garrafa. Depois foi à festa de casamento da filha de Agaciel Maia, ex-diretor do Senado, pivô de todos os recentes escândalos, um autêntico “Papai Noel” dos congressistas, como aponta o jornalista Josias de Souza em seu blog.

Sexta-Feira para fechar a semana em grande estilo, Zé Sarney rabiscou seu textinho semanal, publicado na Folha, com o seguinte título: “O mistério do AF 447″. O beletrista cita Camões, Guimarães Rosa, mas não dá um pio sequer sobre o que todos nós queremos saber: o mistério da caixa preta do Senado.

Como se vê, Sarney não teme a opinião pública. Está rindo da minha, da sua, da nossa cara, nobre internauta. Como leitor do jornal, sinto minha inteligência e meu bolso sendo desrespeitados com a publicação dos devaneios desse senhor.